A relação de Tito, um menino de 12 anos que está ficando cego, com seus avós numa pequena cidade do extremo oeste catarinense. A história, contada por Cesar Luís Theis, foi selecionada na sexta edição do Revelando os Brasis e está se transformando em obra audiovisual. “Espero que a gente consiga contar essa história com muita beleza. Tinha essa expectativa, que ficassem cenas lindas. Vendo as imagens que fizemos aqui, isso já é uma realidade”, conta Cesar sobre as gravações que aconteceram em Guarujá do Sul (SC), entre os dias 28 e 30 de novembro.
“As gravações foram ótimas. Foi muito legal vivenciar todo esse processo, ver como a equipe trabalha para capturar a melhor imagem, o melhor áudio, todos os detalhes necessários para contar essa história”, relata o diretor que é professor da rede estadual catarinense e já tem planos de trabalhar com seus alunos novos filmes.
Para Cesar Theis, o maior desafio foi as escolha dos planos utilizados durante a filmagem. “A gente optou por alguns planos contínuos, e esse foi um grande desafio: fazer os atores, que não eram profissionais, atuarem em planos longos. Pessoas de diferentes idades. Mas eles conseguiram, se superaram”, relata. O diretor destaca ainda o trabalho de preparação de atores realizado por André da Costa Pinto durante as gravações. Selecionado na segunda edição do Revelando os Brasis, André é cineasta e ministrou a oficina de preparação de atores durante o Curso de Formação Audiovisual no Rio de Janeiro.
As gravações inspiraram ainda a mudança no nome do filme. Inicialmente intitulado “Um Lugar na Memória”, a ficção agora será “Tropel”, uma referência a um cavalinho de madeira feito pelo avô para Tito.
Fotos: Ratão Diniz/Instituto Marlin Azul