O clima entre os 40 selecionados para essa edição do Revelando os Brasis durante o último sábado, dia 16, era de expectativa quanto ao momento de despedida. Durante a manhã, cada grupo se reuniu com um dos quatro professores de roteiro (Eduardo Valente e Paulo Halm na ficção e Luelane Correa e Sergio Sanz no documentário) para dar um resumo final das mudanças e novidades pelas quais cada idéia passou durante todas as outras oficinas. Essa última conversa serviu para dar o último toque nos roteiros, que passam agora para sua segunda fase, a de preparação para as filmagens.
Com a volta para casa marcada para o dia seguinte, os alunos sabiam que faltava pouco para o momento da despedida, que marcaria seu último encontro durante um bom tempo. À noite, os alunos, junto à produção do projeto e a alguns professores e membros da seleção de comissão, festejaram os aprendizados das oficinas num jantar muito especial no La Fiorentina, tradicional restaurante do Leme, na orla do Rio de Janeiro. O grupo foi responsável por uma ocupação espalhafatosa e emocionante do restaurante.
Depois da refeição, aconteceu a entrega dos certificados de participação, que suscitou discursos emocionados e lágrimas. Maria José Dias, a Zezinha, de Piaçabuçu, Alagoas, aproveitou o momento para cantar uma canção composta por ela durante a semana, em homenagem ao Revelando os Brasis. Zezinha, levada pelo clima de descontração, ainda sorteou um chapéu, ao estilo do que vinha usando desde o início das aulas, feito por sua irmã em sua terra natal. A sortuda ganhadora foi Iole Castro, de Jaguaraçu, Minas Gerais.
Junto à emoção, vinha também o clima de muito entusiasmo para com a produção de cada projeto. Ricardo Sena, de Serra Preta, Bahia, por exemplo, vai aproveitar as próximas duas semanas de férias para dar a início à pré-produção de seu filme. A empolgação era grande e unânime, com alunos querendo dar início imediato a suas produções, outros já pensando em projeto futuros e alguns planejando até mesmo a criação de uma pequena produtora independente, como é o caso de Thiago Strumer, de Arroio do Meio, Rio Grande do Sul.
Beatriz Lindenberg, coordenadora geral do projeto, se mostrou muito feliz com o resultado da primeira fase do projeto. “Foi tudo muito proveitoso e bem-sucedido. Acho que estamos amadurecendo a cada edição”, avaliou.
Cada selecionado segue agora para sua cidade e começa a pensar a produção de seus filmes, para que todos tenham sido filmados até o fim de fevereiro do próximo ano. E o grupo volta a se encontrar ainda no primeiro semestre de 2011, quando apresentarão, juntos, seus curtas finalizados. Boa sorte nessas próximas etapas para cada um desses 40 novos cineastas brasileiros!