Revelando os Brasis | Escola que muda vidas no semiárido baiano vira filme

EDIÇÃO - Ano VI

Escola que muda vidas no semiárido baiano vira filme

Localizada no município de Quixabeira, a Escola Família Agrícola de Jaboticaba trabalha com a pedagogia da alternância – quando os alunos revezam períodos de ensino integral com períodos na casa dos familiares, buscando se adaptar à realidade das famílias do campo. Baseada no tripé escola, família, comunidade, ela vem dando oportunidade e mudando vidas de crianças e adolescentes moradores do semiárido da Bahia. A escola é tema do filme “O Rio que Não Seca”, dirigido por Geilane de Oliveira, selecionada na sexta edição do Revelando os Brasis. O filme foi gravado na própria escola e em São José do Jacuípe entre os dias 18 e 20 de novembro, e trouxe como fio condutor as memórias da própria diretora sobre o período que estudou ali.

Para as gravações, Geilane mobilizou tanto moradores de Itatiaia (distrito de São José do Jacuípe onde nasceu a diretora), quanto membros da escola – alunos e professores – e colegas do curso de Cinema da Universidade Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB), onde Geilane é graduanda. “Foi uma experiência diferente das produções feitas na faculdade até agora. O maior desafio foi assumir várias funções: produção, direção. Checar as questões de figurino, cabelo. A personagem principal vai mudando a idade. Isso demandou muito da equipe”, conta.

A Escola Família Agrícola de Jaboticaba recebeu de braços abertos as gravações: “A resposta dos alunos e dos professores, principalmente os alunos, foi muito legal.  Mesmo estando na última semana de aula, que é bem corrida, eles super toparam, se dedicaram mesmo ao filme”, analisa Geilane.

Uma das cenas mais desafiadora durante as gravações foi a aula de castração de um porco. “Filmamos a aula mesmo. Vários alunos ali nunca tinham visto e precisavam aprender o procedimento de fato. Foi um desafio grande”, lembra.

Agora é hora de partir para a edição. “Estão todos no expectativa de ver o filme pronto. E o que fica disso tudo é o aprendizado mesmo, para todos que participaram, cada um de um jeito. Pra mim, fica a experiência para as próximas filmagens! Foi tudo feito em um coletivo, como o cinema deve ser”, analisa Geilane.

Fotos: Gusrtavo Louzada/Instituto Marlin Azul

 

 
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