Revelando os Brasis | Filme sobre família quilombola começa a ser gravado em Urucuia (MG)

EDIÇÃO - Ano VI

Filme sobre família quilombola começa a ser gravado em Urucuia (MG)

 

D. Joana tem cerca de um metro e meio de altura, voz rouca, pele negra, olhar sereno e mãos calejadas do trabalho na roça. Ela é a matriarca da comunidade de Baixa Funda, em Urucuia (MG), e a personagem principal do filme “Baixa Funda, o destino de um povo”, que será gravado entre os dias 10 e 13 de novembro. Dirigido por Marcello Sannyos, morador da cidade, o filme integra a sexta edição do projeto Revelando os Brasis.

O curta-metragem vai documentar o cotidiano dessa comunidade remanescente quilombola, capturando principalmente o olhar de D. Joana sobre o seu dia a dia: uma vida simples de aspectos rurais. “Vamos mostrar também cenas de histórias que d. Joana conta de seus antepassados, quando eles fugiam pelas matas, se escondendo à noite, assim como a mudança que ela está vivendo agora, saindo casa que ela viveu a vida inteira, criou os filhos, para uma casa nova, de alvenaria”, conta Marcello.

Localizada a cerca de 600 quilômetros de Belo Horizonte, no norte mineiro, Urucuia tem pouco mais de 13 mil habitantes e a gravação de um filme no município está gerando expectativa entre os moradores. “Estou recebendo um retorno super bacana nas ruas. As pessoas me param pra perguntar, querem saber da história, quando vamos gravar. A comunidade de Baixa Funda também está muito empolgada para receber as gravações, participando desse momento de planejamento”, relata Marcello.

Entre 14 e 27 de agosto, os moradores de cidades brasileiras com até 20 mil habitantes selecionados pelo Revelando os Brasis participaram da Oficina de Formação Audiovisual do projeto, no Rio de Janeiro. Com aulas de roteiro, direção, fotografia, som, produção, entre outras, os participantes voltaram para suas cidades com os roteiros prontos e a tarefa de mobilizar a comunidade local para participar das gravações. Os filmes desta sexta edição serão gravados até dezembro. De Minas Gerais, também vem a história “Jacaré, o boi cavalo”, de Paulo Alexandre Coelho, de Barroso.

Veja fotos de Marcello Sannyos durante a oficina no Rio de Janeiro:

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