Revelando os Brasis | Revelandos aprendem primeiros passos da produção audiovisual

EDIÇÃO - Ano V

Revelandos aprendem primeiros passos da produção audiovisual

O que é um roteiro e o que faz o diretor? Estas e outras inúmeras perguntas sobre como realizar um filme começaram a ser respondidas nas primeiras aulas das Oficinas Audiovisuais do Revelando os Brasis – Ano V. O curso começou na segunda-feira (10/02) e prosseguirá até o dia 22/02 no Centro Cultural da UERJ, no Rio de Janeiro, reunindo moradores de pequenas cidades com até 20 mil habitantes de todo o país.

Com o argumento na cabeça e a história na mão, os autores estão aprendendo como transformar o que contaram em roteiro audiovisual. Para organizar o aprendizado, os alunos foram divididos em duas turmas orientadas pelos cineastas Paulo Halm e Luelane Corrêa. “O objetivo é dar suporte para cada um desenvolver sua história dentro da linguagem audiovisual e dar orientação para o trabalho no set de filmagem”, define Luelane.

A partir do olhar documental, o diretor de cultura Geraldo Bellinelo, de Tabapuã, São Paulo, quer contar a trajetória de glória e decadência do vilarejo de Japurá, distante 12 quilômetros da sede. A história relata desde o período áureo da região situada às margens da Estrada de Ferro Araraquarense, que transportava milhares de sacas de café para o Porto de Santos, passando pelo tempo em que a febre amarela praticamente dizimou a população até os dias de hoje. Atualmente, restam apenas a Estação Ferroviária, a Cadeia Velha, a Capela de São João Batista, o cemitério em ruínas e algumas poucas casas.

Para Geraldo, o curso tem sido muito proveitoso e marcante, considerando a interação entre os participantes e a professora. “A aula é envolvente e esclarecedora e nos propicia temperar o roteiro do curta a ser desenvolvido”, destaca.

Vinda da região da caatinga, em Barra de Santa Rosa, Paraíba, a professora de ensino fundamental Alexsandra Silva Oliveira Buriti trouxe para a quinta edição o drama vivido por assentados obrigados a abandonar a família para buscar alternativas de vida longe da seca. Na ficção “Sonho Novo”, a autora imagina uma história em que a esperança culmina na vitória sobre a dor.

Durante as aulas de roteiro e direção, ela percebeu o quanto a história pode ser melhorada para alcançar o seu objetivo audiovisual. “Na minha primeira versão, eu escolhi um dos personagens para ser o narrador. Mas descobri que outra personagem deveria assumir o papel de narrar, o que deu muito mais força para o roteiro. As dicas do professor foram fundamentais. Estou amando a experiência”, destaca a participante.

 
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